O principal líder da oposição moçambicana, Venâncio Mondlane, acusou as forças de segurança de terem incentivado pilhagens e distúrbios para permitir que o partido no poder declarasse o estado de emergência após eleições contestadas.

Venâncio Mondlane afirma que é o governo da FRELIMO que está a incentivar o caos na rua e a promover a libertação de presos para criar um movimento de repulsa pela desobediência civil na população e assim justificar uma intervenção armada do estrangeiro ou um golpe militar.

Na versão de Venâncio Mondlane os distúrbios a que se tem assistido em Moçambique não são respostas aos seus apelos, mas sim tácticas de terrorismo de Estado da FRELIMO.

Venâncio Mondlane, afirmou que as eleições foram manipuladas e declarou que tenciona tomar posse, “Os nossos protestos visam o Conselho Constitucional, a comissão eleitoral e o próprio partido FRELIMO, que são responsáveis pela fraude”, disse Mondlane nas redes sociais.

Mondlane disse que “não há ação da polícia” contra os saqueadores, acrescentando que estão “quase a encorajar as pessoas a atacar e roubar”.

“É evidente que estes actos de vandalismo estão ligados a um plano… para declarar o estado de emergência”, disse.

Segundo vários relatórios de ONG, os distúrbios causaram a morte de pelo menos 150 pessoas.