Uma discrepância entre a UNITA, o maior partido da oposição, e o governo em relação à implementação de um aumento salarial de 25% para os trabalhadores do sector público está a marcar o início do ano. A UNITA, que tem 90 deputados na Assembleia Nacional, refuta a alegação do governo de que há uma questão pendente na Assembleia Nacional que atrasa o aumento salarial. Eles argumentam que o aumento salarial já foi aprovado pela Assembleia Nacional em 12 de dezembro de 2024, como parte da Lei do Orçamento Geral do Estado para 2025, e não deve haver obstáculos pendentes à sua implementação.

Já o governo, através do Secretário de Estado do Ministério do Trabalho e Segurança Social, declarou que o pacote legislativo necessário para o ajuste salarial não foi aprovado pelo Parlamento, atrasando assim o aumento salarial até ao primeiro trimestre do ano. O Secretário de Estado enfatizou as etapas processuais necessárias para o processo legislativo e expressou confiança que o ajuste salarial seria concluído até ao final do primeiro trimestre.

Em resposta, a UNITA insiste que não há questões pendentes na Assembleia Nacional que possam impedir a execução da Lei do Orçamento do Estado de 2025. Eles instam o Poder Executivo a ser transparente com os trabalhadores e a sociedade sobre quaisquer dificuldades financeiras reais que possam estar a impedir a implementação do aumento salarial já aprovado.

O Grupo Parlamentar da UNITA atribui o atraso na implementação do aumento salarial a uma crise de gestão de caixa dentro do governo e expressa prontidão para se envolver num diálogo construtivo para garantir o pagamento do aumento salarial acordado de 25%.

É necessário também que os sindicatos vinquem uma posição clara em resposta à falha do executivo na implementação do aumento salarial.