Ocupou algum tempo das redes, uma suposta ausência do Presidente da República de Angola numa cerimónia pública de relevo no Quénia. Disse-se de tudo, até que tinha sido envenenado…Um dia depois, o Presidente apareceu, ainda em Nairobi, e cumpriu o calendário previsto, numa visita que parece ter corrido bem, excepto em relação a essa ausência inexplicável.
Nos tempos que correm, a comunicação em Angola está democratizada, isto quer dizer que, de um modo geral, todos dizem o que querem, quando querem e onde querem nas redes sociais. O que antigamente poderia ser controlado atráves dos jornais e das televisões, já não é. Há sempre um site ou uma página digital que rapidamente viraliza.
É evidente que os serviços de imprensa de um Chefe de Estado não têm de responder a todos os disparates que surgem nas redes. Não fariam outra coisa. No entanto, a ausência do Presidente da República numa cerimónia oficial é suficientemente relevante, para não se deixar a especulação fluir.
Por isso, teria sido importante esclarecer a opinião pública das razões da ausência do Presidente da República na cerimónia no Quénia, em vez de cair num silêncio comprometedor.