A companhia aérea angolana, TAAG, está a enfrentar dificuldades na manutenção da frota de aviões devido à escassez de divisas. Isso está a levar a uma baixa disponibilidade operacional que tem resultado em constrangimentos, tanto para os clientes como para passageiros.

A empresa tem lutado nos últimos cinco meses para repor o material de manutenção devido às limitações de pagamentos ao estrangeiro (a nível cambial), impactando a capacidade de disponibilizar mais aeronaves para cumprir a programação de voos.

Como resposta, a TAAG decidiu reduzir o número de voos domésticos e internacionais para se adequar à disponibilidade de aeronaves, procurando dessa forma, realizar ajustes na programação geral.

A situação reflete os desafios enfrentados pela companhia aérea devido ao contexto macroeconómico nacional e destaca a necessidade de superar as dificuldades de manutenção da frota provocadas pela escassez de divisas.

Nos últimos anos, a empresa estatal com a sua reestruturação, tem enfrentado uma série de desafios e dificuldades, dos quais se destacam os conflitos laborais, as queixas dos passageiros (sobretudo devido a atrasos e cancelamento de voos), a frota inadequada, os contratos onerosos (muitos com preços acima do mercado internacional), e uma força de trabalho desmotivada, notando-se que existe uma necessidade profunda de formação, especialmente na componente técnica.

Apesar destes problemas, a TAAG conseguiu voltar aos lucros em 2022, após anos de prejuízos, e está, segundo a administração, em processo de recuperação e reestruturação. Não obstante, perante os últimos acontecimentos, será que é assim?