A inauguração das operações comerciais de voos de passageiros no novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto marcou o início de uma nova era na história da aviação civil angolana. A rota Luanda-Cabinda-Luanda foi estabelecida após extensos testes que comprovaram a segurança e capacidade operacional do aeroporto.
Contudo, existem desafios que a população de Cabinda enfrenta, designadamente na obtenção de passagens aéreas para Luanda. É bom lembrar que a TAAG é a única companhia aérea, a operar em Cabinda.
Atualmente não há reservas disponíveis para novembro ou dezembro, exceto para o final de dezembro. Esta situação desembocou em acusações contra algumas agências de viagens por criarem dificuldades para os cidadãos e venderem passagens a preços exorbitantes.
Alguns passageiros reclamam que aqueles com necessidades urgentes, como funerais ou viagens de negócios, são forçados a comprar passagens por canais não oficiais a preços significativamente inflacionados, às vezes excedendo 100.000 kwanzas.
Estas dificuldades não são de agora, tem-se repetido anualmente, mas a questão não foi resolvida e, segundo a população, até piorou. Em resposta a estes problemas, o presidente do Comité Executivo da TAAG, Nelson Oliveira, mencionou que a situação em Cabinda exige um controle mais rigoroso das empresas de venda de passagens para evitar voos vazios e perdas para a companhia aérea.
Ele também abordou a questão dos especuladores manipulando os preços das passagens e causando transtornos aos cidadãos. Nelson Oliveira enfatizou que apenas entidades autorizadas em Cabinda terão permissão para vender as passagens.
Somando-se à dificuldade na obtenção de passagens, os passageiros em Cabinda têm enfrentado atrasos e cancelamentos de voos “constantes e sucessivos”, o que tem deixado os passageiros frustrados e irritados, com alguns à espera por vários dias.
Apesar da TAAG operar 30 voos semanais, os passageiros têm expressado descontentamento com os serviços prestados pela companhia aérea, exigindo melhorias.
Apesar de todos estes problemas que a TAAG está a enfrentar, a companhia aérea estabeleceu um escritório de prevenção de fraudes para proteger o sistema de emissão de passagens e identificar e banir os infratores dos sistemas da empresa e da Associação Internacional de Transporte Aéreo. Esta medida visa abordar atividades fraudulentas e especulação de preços por agências, contrárias ao subsídio do governo para a rota.
