De forma patética, um procurador há uns tempos veio afirmar que era manifestamente possível que o julgamento de Isabel dos Santos começasse em Março. Logo na altura dissemos que isso era uma parvoíce e uma impossibilidade.Estamos em Março e nada.
Possivelmente, ainda nem sequer foram citados todos os intervenientes. Nem o prazo para o requerimento da instrução contraditório terminou.
Mais uma vez seremos confrontados com a lentidão, a falta de visão de longo prazo, a ausência de estratégia. Tudo à toa.
Isabel dos Santos ri-se no Dubai, os portugueses tomam posições de relevo económico e social em Portugal, o Estado angolano vai ficando cercado, sem margem de manobra, e a PGR nada faz.
A lei actual permitia-lhe fazer muito mais. Não faz porque não quer. Assim entramos mais uma vez num redondel sem fim e o combate contra a corrupção enreda-se nas teias da lentidão judiciária, não tendo fim à vista.
A culpa não é de Isabel, a culpa é do PGR.