Numa altura em que prosseguem os combates no leste da República Democrática do Congo, os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, afirmaram na segunda-feira ter tomado a capital da região.
A declaração foi feita minutos antes de expirar o prazo de 48 horas imposto pelo grupo para que o exército congolês entregasse as armas.
As Nações Unidas descreveram o “pânico em massa” entre os dois milhões de habitantes da cidade.
Goma tem sido também o último refúgio seguro para milhares de pessoas que fugiram dos intensos combates na região nas últimas semanas.
Os rebeldes pediram aos residentes de Goma que se mantivessem calmos e aos membros das forças armadas congolesas que se reunissem no estádio central.
O Governo do Congo afirma que o avanço dos rebeldes constitui uma “declaração de guerra”.
A ofensiva dos rebeldes do M23 no coração da região rica em minérios ameaça agravar dramaticamente uma das mais longas guerras de África e deslocar ainda mais civis.
Segundo as Nações Unidas, mais de um terço da população da província de Kivu do Norte, onde se situa Goma, está atualmente deslocada e a tomada da cidade irá provavelmente agravar a situação.