Nos últimos anos, o Quénia tem-se confrontado com um aumento da violência de género, com vários casos de grande visibilidade a trazerem a questão para a ribalta. Entre as tragédias mais recentes, temos a morte da atleta olímpica ugandesa Rebecca Cheptegei, que terá morrido depois de ter sido queimada pelo seu companheiro. O incidente chocou o público, chamando a atenção para a questão persistente da violência doméstica.

Em Nairobi, os habitantes expressaram o seu horror e apelaram à ação das autoridades.  A trágica morte de Cheptegei recorda um incidente semelhante ocorrido em outubro de 2021, quando a atleta olímpica queniana Agnes Tirop, uma estrela em ascensão no atletismo, foi encontrada morta na sua casa em Iten. Tirop tinha sofrido várias facadas no pescoço, o que realça a tendência alarmante de violência contra mulheres em relacionamentos.

Um relatório da ONU Mulheres e do Gabinete das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNODC) sublinha a gravidade do problema em África. O estudo de 2022 revelou que os países africanos registaram o maior número de assassinatos de mulheres em todo o mundo, tanto em termos absolutos como em relação à população feminina do continente.

À medida que cresce o clamor público, aumenta a pressão sobre as autoridades quenianas para que tomem medidas decisivas para combater a violência baseada no género e garantir justiça para vítimas como Cheptegei e Tirop.