A recente decisão do Quénia de conceder a isenção de visto de entrada a todos os estrangeiros suscitou controvérsia, com os críticos a classificarem-na de “agitada”. O Presidente William Ruto introduziu esta política no mês passado para promover as viagens sem visto em África.

No entanto, as autoridades quenianas esclareceram que, apesar da isenção de visto, os visitantes têm de obter uma autorização eletrónica de viagem (ETA), mediante a apresentação de documentos e o pagamento de uma taxa de processamento de 30 dólares.

Esta exigência aplica-se agora mesmo aos cidadãos de países que anteriormente tinham acesso ilimitado ao Quénia. Até ao início desta semana, foram recebidos mais de 9.000 pedidos de visto através da plataforma digital, segundo as autoridades.

Os estrangeiros estão a manifestar insatisfação, alegando que a nova política causou confusão e aumentou a dificuldade e o custo de viajar para o Quénia.

O proeminente jornalista zimbabueano Hopewell Chin’ono criticou o Quénia, afirmando: “Caros africanos, o Quénia não está a dizer a verdade quando diz que está isento de vistos; tornou as viagens mais difíceis para os africanos que antes não precisavam de visto”.

Já o empresário malawiano Jones Ntaukira partilhou sentimentos semelhantes, dizendo: “Até há 24 horas, como malawiano, podia simplesmente acordar, comprar um bilhete e voar para o Quénia à tarde, sem visto. Agora, o Quénia “removeu o visto” para todos, mas todos têm de pagar uma taxa de autorização de viagem de 30 dólares 72 horas antes da viagem.”

Alguns quenianos estão também preocupados, temendo que estas restrições mais rigorosas possam levar a um boicote por parte de alguns estrangeiros ou a restrições recíprocas por parte de outros países.