O novo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel António Dias já é um velho conhecido das lides económicas, e muito em especial em relação ao BNA.
Antes de ser nomeado Governador, o Presidente da República João Lourenço, teve de exonerá-lo do cargo de Vice-Governador do Banco Central.
Manuel António Tiago Dias ingressou no BNA em 1997 (há 27 anos), e vinha evoluindo na carreira bancária gradualmente, até chegar ao cargo de Vice-Governador em 2016.
Com mestrado em Ciências Económicas tirado na Universidade de Bordéus, já exerceu funções de diretor do Departamento de Estatística, subdiretor do Departamento de Estudos e Estatística e de chefe da Divisão de Estudos e Estatística.
Sendo um dos principais responsáveis pelas políticas económicas desde há alguns anos, naturalmente que a estratégia do BNA não deverá sofrer grandes alterações.
Os objetivos do Banco estão bem explanados nos seus estatutos. E levando em consideração a atual situação conjuntural que o país atravessa, a estabilidade dos preços e a valorização da moeda nacional são as duas principais metas almejadas pelo novo Governador. Para esta empreitada, o papel a desempenhar pelos bancos comerciais é fundamental. “Contamos com os bancos comerciais, no sentido de desempenhar o seu papel catalisador da nossa economia porque entendemos que a estabilidade, quer dos preços quer da nossa moeda nacional, depende da produção nacional,” referiu.
A questão que se coloca desde já é, será que o novo governador do BNA vai conseguir estabilizar os preços? De acordo com o economista Nataniel Fernandes, “esta luta para estabilidade de preços depende muito daquilo que a política fiscal conseguir implementar, para que consigamos, de facto, a diversificação da nossa economia.” De outro modo, conclui, “a nossa situação cambial vai estar sempre com riscos muito grandes”.