Há uma proposta de 2 biliões de dólares do conglomerado indiano Adani Group para expandir e operar o maior aeroporto do Quénia, ao abrigo de uma concessão de 30 anos. O grupo, fundado pelo bilionário Gautam Adani, tem vastos interesses em sectores como a energia e os transportes.

O Grupo Adani construiria e renovaria os terminais do Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta (JKIA), melhorando as vias de circulação e construindo potencialmente uma nova pista. Ao fim de 30 anos, o grupo indiano receberia uma participação de 18% no aeroporto.

Esta proposta tem sido objeto de várias críticas, sobretudo, devido à falta de transparência. Os pormenores da proposta foram revelados pela primeira vez por um ‘whistleblower’ queniano, o empresário digital Nelson Amenya, no X. A Autoridade dos Aeroportos do Quénia confirmou que as negociações com a Adani estavam em curso. Isto apesar de uma empresa de consultoria ter recomendado um “procedimento de concurso competitivo”.

O Grupo Adani tem sido alvo de múltiplas investigações governamentais, nomeadamente na Austrália e nos Estados Unidos, por alegada fraude e corrupção. A empresa tem negado repetidamente qualquer irregularidade.

Por seu lado, o governo queniano tem afirmado que não foi assinado qualquer acordo com o Grupo Adani. O Presidente William Ruto disse mesmo, que não tinha sido estabelecido qualquer acordo, mas apoiou a utilização de financiamento privado para melhorar o aeroporto JKIA.