De forma surpreendente, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso pareceu anunciar que a empresa estatal Sonangol será privatizada a partir de 2026. De facto, o Estado através do secretário Barroso, lembrou que o Estado comprometeu-se a colocar a Sonangol em bolsa até 2026.
Por esse motivo, o governo angolano procedeu a um primeiro passo nesse sentido, tendo efectuado a primeira emissão de obrigações da empresa no valor de 75 mil milhões de kwanzas, tendo como finalidade incentivar o desenvolvimento económico sustentável.
Esta primeira emissão será transacionada ao preço unitário de 10.000 Kz , totalizando 7.500.000 obrigações, com uma taxa de juros anual de 17,5%. O investimento mínimo permitido é de 10 obrigações (100.000 Kz), sendo que tanto pessoas singulares como colectivas estão habilitadas, desde que sejam residentes ou tenham estabelecimento em Angola.
A estratégia da Sonangol com esta emissão de obrigações é diversificar as suas fontes de financiamento, contando para isso com a intermediação de algumas empresas e bancos, designadamente a Áurea – Sociedade Distribuidora de Valores Mobiliários, BFA Capital Markets – SDVM, S.A. e o Standard Bank.
O Executivo angolano mostra-se confiante nesta operação, sobretudo porque poderá ter um reflexo positivo no mercado financeiro nacional. O Estado acredita que, como esta é a primeira emissão de dívida obrigacionista e oferta pública de subscrição de obrigações, outras empresas públicas sigam os mesmos passos e optem por diversificar as suas fontes de financiamento, e dessa forma estimular o Mercado de Capitais do país.