A Organização Mundial da Saúde aprovou um acordo histórico sobre pandemias, com o objetivo de melhorar a coordenação, o monitoramento e o compartilhamento de vacinas em caso de pandemias futuras.
O acordo foi alcançado no segundo dia da reunião anual da OMS em Genebra, enquanto o órgão da ONU luta contra cortes no financiamento dos EUA e planos de retirada, que deixaram a agência com dificuldades para cumprir o seu mandato de promover a saúde e manter o mundo seguro.
A decisão histórica da 78.ª Assembleia Mundial da Saúde segue-se a mais de três anos de negociações iniciadas pelos governos em resposta aos impactos devastadores da pandemia da COVID-19 e impulsionadas pelo objetivo de tornar o mundo mais seguro e mais equitativo na resposta a futuras pandemias.
Entre outras disposições, o acordo garante que os países que partilhem amostras críticas de vírus terão acesso aos testes, medicamentos e vacinas daí resultantes, comprometendo-se ainda a disponibilizar até 20% desses produtos à OMS, para garantir que os países mais pobres também os possam receber.
A OMS tem lutado para responder aos cortes dos EUA, bem como à redução dos gastos de outros doadores ocidentais tradicionais, que estão a investir mais em defesa e menos em ajuda humanitária.
Espera-se que os países membros concordem em aumentar em 20% as quotas anuais, conhecidas como ‘contribuições fixadas’, para reforçar o financiamento da OMS e reduzir a dependência das contribuições voluntárias dos governos — que variam de ano para ano e representam mais de metade do orçamento.