Historicamente, os governos dos EUA têm negligenciado o continente africano, vendo-o apenas como um problema de segurança a gerir. Isso criou um vazio de influência que foi preenchido pela China e pelos países do Golfo Pérsico.

Atualmente, a segurança piorou em mais de 20 nações africanas, com o retrocesso da democracia e o aumento das insurreições. Isso abriu oportunidades para a Rússia, a Turquia e a Hungria, que prometem trazer de volta a paz em troca de recursos.

A abordagem americana ao continente africano tem sido inconsistente, e não é a visita de Biden a Angola no próximo mês que vai alterar isso.

Não obstante, a vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata, já visitou África algumas vezes. Espera-se que ela continue a política africana de Biden, que inclui o apoio à Zona de Comércio Livre Continental Africana e à indústria criativa africana. No entanto, alguns analistas de segurança sugerem que uma vitória de Donald Trump, o candidato republicano, poderia priorizar soluções militares agressivas em detrimento da assistência humanitária.

Independentemente de quem ganhar, a batalha contra a China pelos minerais essenciais em África será o principal motor das políticas de ambos os partidos para o continente. Tanto Harris como Trump dariam continuidade às políticas de Washington que procuram competir com Pequim no comércio em África, mas enfrentariam uma batalha difícil para recuperar a influência perdida para o Médio Oriente, Turquia e China.