A inflação sobre o desemprego continua alto, a economia cresce pouco. Esta é a situação da economia angolana e tem um nome: estagflação. O que admira é que ninguém o diga e nem se tomem medidas definitivas sobre o tema.
Expliquemos um pouco:
Estagflação é um termo que resulta da aglutinação das palavras estagnação e inflação. Caracteriza-se por um cenário em que existe uma estagnação da economia, provocada pelo reduzido crescimento económico acompanhado de elevadas taxas de desemprego, em simultâneo com um aumento da inflação. A estagflação é um fenómeno económico que ocorre quando há uma combinação de baixo crescimento, alto desemprego e alta inflação. É uma situação indesejável, pois dificulta a aplicação de políticas económicas adequadas para resolver os problemas. A estagflação pode ter várias causas, como choques de oferta, expectativas inflacionárias, rigidez dos salários e dos preços, entre outras.
É uma situação difícil de resolver, pois as políticas económicas habituais podem ter efeitos contrários aos desejados. Por exemplo, se o banco central aumentar as taxas de juro para controlar a inflação, pode agravar a recessão e o desemprego. Se o governo aumentar a despesa pública para estimular a economia, pode acelerar a inflação e o endividamento.
Para combater a estagflação, é preciso atuar sobre as causas que a originam, que podem ser choques de oferta, expectativas inflacionárias, rigidez dos salários e dos preços, como referido.
Alguns programas económicos que têm dado melhores resultados no combate a este fenómeno são a flexibilidade do trabalho, incentivo à tributação das empresas, distribuição comercial menos rígida e intervencionada, defesa da concorrência, educação e formação ligada ao aparelho produtivo.
É este o desafio com que se confronta a equipa económica do Presidente da República, que parece não perceber isso, tal como o Fundo Monetário Internacional. A intervenção na economia angolana tem de ser de fundo e não meramente conjuntural. E vai doer e demorar.