Nem percebemos bem o que se passa, mas percebemos que o MPLA em Luanda está numa agitação auto-devorista. Alguns descontentes internos, com ou sem razão, resolveram lançar uma ofensiva nas redes sociais demolidora contra o líder do partido em Luanda, Manuel Homem. Não há dia sem escândalo.
Não se toma partido, nem se tenta perceber o que se passa entre os camaradas. Percebe-se sim, a divisão interna. A luta intestina. Na praça onde o MPLA levou a maior tareia nas últimas eleições, o partido não se uniu e criou uma dinâmica de vitória. Pelo contrário, dividiu-se e acentua uma dinâmica de derrota.
Poderá haver um dia em que a UNITA se limite a apresentar a candidatura duma palanca coxa em Luanda, e mesmo assim terá uma vitória estrondosa, tão grande é o divisionismo, o egoísmo, o espírito permanente da negociata que não abandona o MPLA. Eles ainda não perceberam que perderam as eleições em Luanda e podem continuar a perder.
Não sabemos se a culpa é de Manuel Homem ou dos seus inimigos internos. Sabemos sim, que o MPLA de Luanda está em perda e com ele as eleições de 2027.
O que já se viu de novo em Luanda desde 2027? Talvez pouco ou nada e esse é o problema final. Com nada, não se gera nada.