Angola é um país com muitos problemas, e seguramente que o governo do MPLA é merecedor de inúmeras críticas pela forma como tem administrado o país desde a independência. São diversas as apreciações e desaprovações que o executivo do Presidente João Lourenço tem sido objeto, sobretudo neste segundo mandato.
Contudo, não podemos também deixar de lamentar o papel, às vezes pernicioso e pouco inocente, que alguma oposição e ativistas ao serviço de forças muitas vezes não identificáveis, têm desempenhado ao criticar tudo o que esteja relacionado com o governo angolano.
Qual o motivo para estarmos a falar nisso? O ‘The Economist Intelligence Unit’ publicou o seu Índice de Democracia no Mundo anual. O ano de 2023, o The Economist considerou ter sido um ano desfavorável para a democracia, com a pontuação global média a cair para o seu nível mais baixo, desde que teve início o índice, em 2000.
No caso particular de Angola, nas quatro categorias existentes, Democracia Total, Democracia Imperfeita, Regime Híbrido e Regime Autoritário, o país logrou sair da lista da última categoria e passou a integrar a de híbrido, entre o autoritário e a democracia.
Pois, perante esta boa nova, onde ao menos conseguimos observar alguma evolução na democracia em Angola, o que se ouviu basicamente dos ativistas e oposição que se pronunciaram sobre este assunto, foi que a classificação não correspondia à verdade, tendo mesmo acabado por desvalorizar a evolução de Angola no ‘Índice de Democracia’.
Sempre defendemos que o governo angolano precisa dar passos mais firmes em várias matérias, e naturalmente que a democracia em Angola ainda tem um longo caminho a percorrer. Todavia, também condenamos o ‘bota abaixo’ constante que é perpetrado por alguns ativistas, que têm como única função falar mal de tudo e de todos os que representem o executivo do país. A imparcialidade em Angola já foi mais visível!