O grupo parlamentar MPLA acusou o principal partido da oposição, a UNITA, de se imiscuir dentro dos seus próprios assuntos e lançar a confusão na opinião pública; isto a propósito da realização do congresso extraordinário do MPLA no próximo mês de Novembro.
Esta nova disputa política entre o MPLA e a UNITA, vem na sequência da proposta do executivo em fazer uma divisão administrativa da província de Luanda.
O MPLA afirma que a realização de um congresso extraordinário é uma decisão interna do partido, com o objetivo de promover uma reflexão sobre o percurso, as conquistas e os desafios do país nos 50 anos de independência. O partido acusa a UNITA de fazer “infundadas especulações” sobre o congresso, incluindo a alegação de que servirá para eleger um novo presidente para substituir João Lourenço.
O MPLA considera a proposta de divisão administrativa de Luanda um assunto de interesse de todos os angolanos, especialmente os residentes na província, devido aos desafios relacionados à sua crescente densidade populacional. O partido nega confundir esse processo com a institucionalização das autarquias locais, reiterando o seu compromisso em concluir o pacote legislativo autárquico.
Em resposta, o MPLA acusa a UNITA de promover uma narrativa propensa à “criação de uma situação de subversão da ordem pública”, em vez de fazer uma “oposição construtiva” por meio de um debate plural nas instituições democráticas. O partido afirma que a UNITA busca “promover a confusão na opinião pública” para facilitar seus “intentos de fomentar a instabilidade”.
Esta disputa política acirrada entre os dois principais partidos do sistema político, é mais do mesmo, com o MPLA, por um lado, a procurar a vitimização constante, e a UNITA, por outro a não acrescentar nada de concreto e palpável que promova o desenvolvimento sustentável do país.