Segundo dados apresentados pela Endiama, a empresa estatal de diamantes de Angola, a produção estimada para a mina de Catoca em 2024 é projetada em 6,53 milhões de quilates, o que representa 49,4% da produção total de diamantes prevista para o país. Isso é 1,1 milhão de quilates abaixo da meta definida no Plano Nacional de Desenvolvimento (PDN) para o ano. O declínio na produção é atribuído a vários obstáculos operacionais, incluindo a necessidade de modernização das instalações de tratamento, equipamentos inadequados para remoção de terra, falhas mecânicas, escassez de mão de obra qualificada e falta de peças de reposição.
Em contraste, o projeto de mineração de Luele deve produzir aproximadamente 5,86 milhões de quilates, excedendo a meta do PDN em 1,56 milhão de quilates, representando 44% da produção total de diamantes de Angola. Juntas, estas duas minas constituem mais de 93% da produção de diamantes do país, levando a preocupações sobre os riscos associados a essa produção concentrada. Outros projetos de mineração, como Chitotolo, Cuango e Somiluana, devem produzir resultados menores do que o previsto no PDN, revelando uma tendência mais ampla de desempenho inferior em operações de mineração menos dominantes.
No geral, a Endiama prevê para este ano, uma produção total de diamantes de 13,2 milhões de quilates, embora esse número pareça otimista, pois a produção real nos primeiros nove meses foi de apenas 8,5 milhões de quilates, representando 68% da previsão.
Olhando para 2025, a Endiama visa uma meta de produção de 15,13 milhões de quilates, necessitando de investimentos significativos na mina da Catoca para restaurar os seus níveis de produção, dependendo das estratégias adoptadas pelo seu novo acionista, a Maaden International.
Além disso, o documento destaca as ambições do estado em aumentar as capacidades e receitas locais de processamento de diamantes, com planos para várias instalações operacionais, incluindo a fábrica Robust Diam e a revitalização da Kapu Gems.