Na sua visita de dois dias pela Lunda Sul, o Presidente da República João Lourenço, inaugurou aquele que é considerado o maior projeto diamantífero de Angola, a mina do Luele. A perspetiva deste projeto mineiro é atingir os 628 milhões de quilates durante a sua vida útil que será de 60 anos.
Localizada na província da Lunda Sul, Luele é uma mina de depósito kimberlítico. O kimberlito é uma rocha matriz do diamante, e a sua descoberta nesta região ocorreu em 2013, no decorrer de pesquisas geológica efetuadas pela Sociedade Mineira de Catoca. O potencial geológico da mina é de grande monta, acreditando-se que a quantidade de minério existente possa atingir os 647 milhões de toneladas. Numa primeira fase a expectativa é que atinja pouco mais de um milhão de quilates por ano e uma receita bruta de 60 milhões de dólares/ano.
O maior montante investido até ao momento foi de 635 milhões de dólares. Essa verba coube à Sociedade Mineira do Luele, em que a Catoca tem uma participação de 50,5%. Segue-se a diamantífera angolana Endiama com 25 %, a Falcon 19,5 %, a Reform 4 %, e o Instituto Geológico de Angola com 1 %.
Na inauguração, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, não deixou de mencionar a evolução considerável que a indústria diamantífera tem alcançado nos últimos tempos, sublinhando o regresso a Angola da multinacional De Beers. Também destacou a entrada pela primeira vez do grupo Rio Tinto (conglomerado anglo-australiano) em Angola. Muito provavelmente este gigante irá apostar não só na indústria diamantífera, como também na prospeção e investimento de outros minerais.
Após inaugurar este projeto mineiro, o Presidente da República teve uma agenda bastante preenchida. Além de ter estado com vários membros do executivo angolano, foi colocado ao corrente dos projetos futuros e que estão em execução na província, assim como dos principais problemas que afligem a região.