O poder judicial está periclitante em Angola. As violações legais acumulam-se, e o que vemos é impotência.

Dois casos, um recentíssimo, outro que se arrasta há demasiado tempo comprovam essa impotência.

Os casos são as acusações de Pedro Lussaty ao General Miala e os comportamentos alegadamente ilícitos de Joel Leonardo.

No primeiro caso, sem apresentar qualquer prova um arguido já condenado, acusa o director do serviço de segurança das maiores barbaridades. Isto não seria possível em qualquer país Europeu ou nos Estados Unidos. O autor, Lussaty, seria imediatamente indiciado por crimes ligados à dignidade da pessoa humana e à segurança nacional. Ou então teria tantas e tão convincentes provas que criaria um escândalo nacional.

Esta moda angolana de escrever páginas plenas de ofensas, e todos encolherem os ombros, degrada a Constituição e o respeito pelas instituições e autoridade do Estado. É evidente que a PGR já deveria ter actuado e pedido uma sanção acrescentada para Lussaty.

O caso de Joel Leonardo é outro que coloca em causa o respeito pelas instituições e a autoridade do Estado. Não pode existir um Presidente do Tribunal Supremo suspeito de tantas ilegalidades continuadas. Já se deveria ter demitido ou a PGR já o deveria ter acusado formalmente.

Estes dois casos demonstram a falta de músculo da justiça, de que Lussaty e Joel Leonardo são beneficiários.