O caos e a desgraça costumam andar de mãos dadas quando falamos em inundações. Lamentavelmente as inundações são das notícias mais recorrentes associadas à capital Luanda. Este flagelo vai sendo cada vez mais frequente na província de Luanda e nas zonas limítrofes da capital.
O Serviço de Proteção Civil e Bombeiros avalia os estragos causados pelas últimas chuvas que ocorreram no início da semana. São vários os bairros e municípios a sofrer constantemente com as inundações. Estradas alagadas e casas inundadas causam prejuízos incalculáveis aos Luandenses, que não sabem mais o que fazer.
Nos municípios do Talatona, Kilamba Kiaxi, Cacuaco, Belas, e Luanda há diversas zonas intransitáveis. Noutros locais, como na via expressa, a circulação tornou-se uma missão quase impossível devido às águas que inundaram a estrada.
Nas paragens de táxi, os azuis e brancos são praticamente inexistentes e muitos funcionários e estudantes optaram por ficar em casa devido às dificuldades que têm em chegar aos locais de trabalho e de ensino. Este é o cenário que vislumbramos na última inundação em Luanda, contudo, esta poderia ser a descrição de qualquer outra inundação passada.
E infelizmente, para além dos estragos materiais e dos prejuízos causados ao cidadão no seu dia a dia, há a registar reiteradamente vítimas mortais.
As inundações representam uma calamidade em Luanda desde há muitos anos. É um processo de risco natural, e são decorrentes de modificações no uso do solo que podem provocar danos de grandes proporções. Ou seja, em grande medida há responsabilidade humana por tais situações ocorrerem. Assim, a questão simples que se coloca é: o que têm vindo a fazer os vários executivos da Província de Luanda para colocar um travão a esta desgraça que arruína constantemente a vida dos luandenses?