Como muitos angolanos, aplaudimos as eleições na Ordem dos Advogados por terem sido livres e justas. Tínhamos esperança no novo Bastonário, que parecia jovem e impoluto, com dinamismo, apesar das dúvidas que as conversas com os mortos do Vice-Bastonário levantava.

Somos confrontados com a barbaridade dos exames à Ordem. Barbaridade inaceitável. Agora, se bem percebemos, estas pessoas querem instaurar um número limite anual de acesso à Ordem por parte de jovens advogados. Além de ser inconstitucional, como eles deviam saber, é uma tentativa de limitar o mercado de advocacia, uma protecção dos velhos face aos mais novos. O que mais é contrário a um Estado de Direito Democrático e uma Economia de Mercado. Acaba com a concorrência. Não tenhamos medo das palavras, é uma medida corporativa, fascista.

Só poderemos olhar para esta medida com asco.

Os jovens licenciados em Direito e as Universidades devem-se unir contra esta interferência abusiva na liberdade e na dignidade dos estudantes.

Mais uma desilusão.