Esta frase, costumamos associar principalmente ao continente africano, mas cada vez mais, o que verificamos, é os EUA, a ainda superpotência número um mundial, caminhar a passos largos para peculiaridades de terceiro mundismo.

“Foi Deus que impediu que o impensável acontecesse”. Estas foram as palavras de Donald Trump, após sobreviver a uma das mais icónicas tentativas de assassinato da história. Contudo, não se julgue que estas tentativas de assassinato são inéditas nos Estados Unidos. Se analisarmos o historial dos atentados à vida de presidentes, ex-presidentes ou candidatos a presidente norte americanos, os casos são pródigos, infelizmente muitas das vezes com final trágico.

Durante um comício na cidade de Butler, Pensilvânia, o 45º presidente dos Estados Unidos e atual candidato, levou um tiro de raspão na orelha direita, enquanto discursava para os seus apoiantes.

O atirador estava aproximadamente a um campo de futebol (120 metros) da multidão, em cima de um galpão posicionado à direita de Trump.

Thomas Crooks, foi identificado pelo FBI como um jovem de 20 anos, morador de uma cidade localizada a 60 minutos do local do atentado. Ele foi morto segundos depois pelos disparos dos Serviços Secretos americanos.

Não se sabe ainda os motivos de Thomas, que matou um pai de família da plateia com os seus 8 disparos e deixou outras duas pessoas gravemente feridas. As inclinações políticas também não ficaram imediatamente claras, já que há registos dele como eleitor republicano na Pensilvânia, mas também de uma doação de US$ 15 para um grupo esquerdista alinhado aos democratas.

Numa das cenas que, provavelmente ficará marcada para a eternidade, ao levantar do escudo humano que fizeram sobre ele, o ensanguentado Trump não desceu do palanque até que gritasse aos seus apoiantes: “Fight, fight, fight”.

Se Trump for inteligente, este atentado à sua vida, pode no final das contas catapultá-lo para a vitória nas eleições. Contudo, independentemente do que venha a acontecer doravante, associamos cada vez mais a terra do ‘Tio Sam’ à violência, e isso não é nada de bom, nem para o país, nem para o resto do mundo.