A inflação em Angola continua a subir, tendo alcançado um pico de 28,02% em abril, marcando o 12º aumento mensal consecutivo e o maior nível em quase sete anos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este valor representou um aumento de 17,61 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo uma tendência contínua de alta. Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) aumentou 2,61% entre março e abril de 2024, o maior aumento desde setembro de 2018. As províncias de Luanda, Huíla e Cabinda foram as mais afetadas, com variações de 3,26%, 2,48% e 2,34%, respetivamente.

A consultora Oxford Economics prevê que a inflação em Angola continue a subir, ultrapassando os 31% no final do semestre, atingindo um pico de 31% em junho em comparação com o mesmo período de 2023 e depois diminuindo para uma média de 23% até o final do ano.

A classe “Saúde” experimentou o maior aumento de preços, com uma variação de 3,25%, seguida por “Alimentação e bebidas não alcoólicas” (3,13%), “Vestuário e calçado” (2,84%) e “Hotéis, cafés e restaurantes” (2,59%). Em Luanda, os preços subiram 38,87%, um aumento significativo de 28,77 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Estes números revelam um cenário preocupante, com aumentos significativos em diversas áreas, impactando especialmente as províncias de Luanda, Huíla e Cabinda.

Esta situação revela que continuaremos a vislumbrar um cenário aziago na economia e no custo de vida no país, especialmente se considerarmos os aumentos expressivos nos sectores de saúde e alimentação.

É crucial que o governo, de uma vez por todas, tome medidas adequadas para lidar com esta situação e suas possíveis ramificações, a fim de proteger a estabilidade económica e o bem-estar dos cidadãos.