As três centrais sindicais angolanas aprovaram uma greve geral que irá ter início a 20 de Março de 2024. Esta decisão foi tomada porque os trabalhadores concluíram que o governo não respondeu de forma satisfatória às suas inquietações. As reivindicações incluem o aumento do salário mínimo dos atuais 32.181,15 kwanzas para 245 mil kwanzas, subida dos salários da função publica em 250%, atualização de subsídios e desagravamento dos impostos. Ou seja, salários, impostos e subsídios são as três principais reivindicações dos trabalhadores.
A greve vai decorrer em três fases, com um primeiro período de três dias entre 20 e 22 de março, um segundo entre 22 e 30 de abril e um terceiro de 03 a 14 de junho de 2024. Os sindicatos apelam aos trabalhadores para que fiquem em casa para que o país “pare por três dias”.
Depois do executivo, através da ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, ter avançado que iria pensar sobre o aumento do salário mínimo durante mais 45 dias, era quase irrealista pensar que os sindicatos não iriam reagir. As negociações decorrem desde o final do ano, e perante a inércia do executivo, espera-nos agora um período bem turbulento nas ruas.
As greves em Angola são um reflexo das tensões sociais e económicas que o país enfrenta. Esta greve geral é um exemplo claro da insatisfação dos trabalhadores com as condições atuais. No entanto, é importante lembrar que as greves são apenas uma parte de um quadro mais amplo de desafios que Angola enfrenta. A presidência de João Lourenço tem sido marcada por tentativas de reforma, mas também por controvérsias e desafios significativos.