Os Fundos em Angola e em qualquer parte do mundo, naturalmente têm por objetivo máximo, promover o apoio financeiro numa determinada área, que geralmente se encontra pejada de contrariedades. No nosso país, lamentavelmente, este tipo de ‘empreendimento’ desemboca muitas vezes, em dinheiro mal gerido, em casos de manifesta incompetência, ou pior ainda, caminhos tortuosos associados ao crime financeiro.

Na passada quarta-feira, o Governo angolano determinou a criação de um novo fundo: o Fundo Nacional de Emprego de Angola (FUNEA) foi lançado com o objetivo de promover projetos que gerem emprego tanto no sector público quanto no setor privado. O FUNEA recebeu um investimento inicial de 500 milhões de dólares e tem como foco principal o apoio a cooperativas por meio de financiamentos e incentivos a fundo perdido.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, explicou que este fundo faz parte de um conjunto de medidas para acelerar a diversificação económica e o investimento privado em Angola. O FUNEA está alinhado com a Agenda Nacional para o Emprego, e tem como objetivo alocar recursos financeiros para promover o emprego, incluindo a inserção de recém-formados e desempregados no mercado de trabalho, além de corrigir obstáculos ainda existentes.

Este fundo foi estabelecido para coordenar a atuação dos diversos atores, públicos e privados, visando a redução da atual taxa de desemprego de 32,4% na economia nacional. A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, mencionou que o FUNEA possui ativos financeiros, como depósitos a prazo e à ordem, destinados a criar projetos que gerem empregos.

A ministra também destacou que, como exemplo, grupos de jovens reunidos em cooperativas poderão celebrar contratos de 180 a 360 dias com as administrações municipais e comunais para prestarem serviços de desenvolvimento local, desde que as atividades sejam economicamente viáveis.

Adicionalmente, foram identificadas cinco tipologias de cooperativas, como catadores de resíduos sólidos, licenciadores de direitos fundiários, manutenção de vias, limpeza de sarjetas, entre outras atividades relacionadas à conservação e manutenção urbana.

Esperemos que daqui a algum tempo este novo Fundo criado, traga para a sociedade angolana, resultados concretos e palpáveis, e que realmente amenize o desemprego no país.