A FIFA está a investigar um vídeo que circula nas redes sociais que mostra membros da seleção argentina a cantar sobre os jogadores franceses de uma forma que a Federação Francesa de Futebol (FFF) disse ser “racista e discriminatória”.

A FFF disse que iria apresentar uma queixa ao organismo que rege o futebol mundial sobre o vídeo, no qual os jogadores argentinos cantam sobre a ascendência africana do jogador francês Kylian Mbappé.

O vídeo foi publicado pelo jogador argentino Enzo Fernandez no Instagram, após a vitória argentina por 1 – 0 sobre a Colômbia.

Mais tarde, Fernandez pediu desculpas nas redes sociais, dizendo que tinha sido “apanhado na euforia das nossas celebrações”.

“A canção incluía linguagem altamente ofensiva e não há absolutamente nenhuma desculpa para essas palavras”, escreveu.

O colega de equipa de Fernandez no Chelsea, Wesley Fofana, descreveu o vídeo como “racismo desinibido”.

Já a vice-presidente da Argentina, Victoria Villarruel, defendeu Fernandez e a equipa, afirmando que não toleraria as ações de um país “colonialista”.

“Nenhum país colonialista nos vai intimidar por causa de uma canção no campo ou por dizermos as verdades que eles não querem admitir”, publicou Villarruel na sua conta no X.

A Argentina é um país soberano e livre. Nunca tivemos colónias ou cidadãos de segunda classe. Nunca impusemos o nosso modo de vida a ninguém.

“Mas também não toleramos que nos façam o mesmo… Enzo, eu apoio-te, (Lionel) Messi, obrigado por tudo! Os argentinos mantêm sempre a cabeça erguida”.

O clube de Fernandez, o Chelsea, afirmou num comunicado que todas as formas de comportamento discriminatório são completamente inaceitáveis.

“Estamos orgulhosos de ser um clube diverso e inclusivo, onde pessoas de todas as culturas, comunidades e identidades se sentem bem-vindas”, disse o clube da Premier League inglesa.

Mbappe e outros jogadores de ascendência africana da equipa de França foram alvo de abusos raciais nas redes sociais depois de perderem para a Argentina na final do Campeonato do Mundo de 2022, o que levou um ministro do governo francês a pedir à FIFA que investigasse.