Autor: Públio Cornélio
Pelo que se entendeu do enunciado que o Presidente da República de Angola fez acerca dos projectos americanos em curso em Angola, muitos deles são suportados por financiamentos que de alguma forma oneram o Estado angolano. Obviamente, que se levanta o perigo de imitar o modelo chinês e alguns desses empréstimos irem parar a mãos erradas, gerarem corrupção, e no final Angola ficar com uma dívida que não lhe trouxe proveito.
Em si mesmo, obter empréstimos para financiar actividades é normal e justificado. É assim que uma economia funciona. Portanto, haver empréstimos americanos não é mau, é bom. O problema só se levanta quando os empréstimos são mal-aplicados, uma prática em que Angola, infelizmente, se tornou perita no passado.
Por isso, é fundamental que estes empréstimos americanos, como aliás todo o seu envolvimento financeiro, esteja sujeito a apertada vigilância dos órgãos competentes do Estado, haja transparência. Tem de ser perceber para onde vai o dinheiro, quais os resultados, quem fica com o quê.
Caso contrário, teremos mais uma oportunidade perdida e material para as redes sociais denegrirem o país. Há que saber agir e aproveitar, não deixar que a ganância, a falta de sentido de Estado, o espírito de saque, prevaleçam.