O Governo angolano, através da concessionária nacional, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), fez saber que o arranque da produção de biocombustíveis no país está previsto para antes de 2030, tanto para uso interno, como para exportação. De acordo com fontes ligadas ao sector, o investimento inicial rondará os 20 mil milhões de dólares. Na apresentação da estratégia de lançamento dos biocombustíveis em Angola, a ANPG traçou as principais etapas que deverão ser desenvolvidas nos próximos anos.

Antes de mais é necessário que esta atividade seja regulamentada e fiscalizada, salientou Diamantino Azevedo, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás. “O ato que hoje assistimos deverá ser o primeiro de muitos que nos levarão à reflexão e promulgação de diplomas legais relevantes ao exercício pleno desta atividade e a obtenção de resultados nos próximos tempos”.

O ministro sublinhou também que, face aos compromissos assumidos no Protocolo de Kyoto, que entre outros objetivos, promove a redução das emissões de gases de efeito estufa, a estratégia do país em relação aos biocombustíveis teve de ser redefinida para atender ao atual cenário económico, de desenvolvimento tecnológico e de transição energética.

Prova disso, foi a contratação por parte do executivo de serviços de consultoria especializada para a elaboração de um plano para a transição energética. Para esse fim, o Presidente da República, João Lourenço aprovou um ajuste direto no valor de 2 milhões de dólares. Este contrato celebrado pelo Governo angolano tem como finalidade avançar mais uma etapa com vista a atingir e implementar as metas climáticas globalmente acordadas e investir em sistemas de energia sustentável acessíveis a todos.

Diamantino Azevedo aproveitou também para dar como bom exemplo desta transição energética ligada aos biocombustíveis o memorando de entendimento celebrado entre a Sonangol e a petrolífera italiana ENI para a construção de uma biorrefinaria.