A ministra das Finanças continua-nos a brindar com as mais absurdas declarações que só demonstram a esquizofrenia em que redundou a sua política económica.

Agora vem dizer que “a linha de crédito do Deutsche Bank só foi usada em cinco projetos devido aos requisitos inacessíveis para empresas angolanas ou a operar no país.” E explica quais são os problemas: “muito por causa dos pressupostos que as empresas devem cumprir para terem acesso ao financiamento, é preciso usar equipamento alemão, enfim, há uma série de coisas, e são poucas as empresas angolanas ou que funcionam em Angola que conseguem atingir os requisitos do Deutsche Bank”.

Mais uma vez temos uma boa análise da ministra-não se duvida da sua competência teórica-a que não corresponde qualquer acção. Se a ministra se apercebeu de todos os problemas com a linha de crédito alemã, por que razão não interveio para mitigar esses problemas? Seja junto dos alemães para minimizarem os obstáculos, seja junto das empresas para as ajudar a obter os financiamentos?

É espantoso como vê um problema e não faz nada, vindo depois fazer uns discursos bonitos.

Pelo mesmo caminho vai o ministro Massano. Tem o FMI às costas a exigir austeridade, tem a economia à beira de nova recessão e assobia para o lado nada fazendo.

Angola exige um pacote económico de ampla abrangência, já, e que os ministros trabalhem para o bem do povo.