A segunda volta das eleições na Libéria terá lugar no próximo mês, na sequência de um empate “fotográfico” entre o Presidente George Weah e o seu principal rival, Joseph Boakai. George Weah obteve 43,83% dos votos e Joseph Boakai, antigo vice-presidente, 43,44%.
O escrutínio de 10 de outubro foi o mais renhido na Libéria desde o fim da guerra civil, há cerca de duas décadas. Previa-se uma segunda volta, mas o Sr. Boakai, de 78 anos, teve um desempenho melhor do que o esperado, aproximando-se do resultado do Sr. Weah.
A segunda volta foi convocada porque nenhum dos candidatos obteve mais de 50% dos votos na primeira volta. A segunda volta deverá ter lugar no dia 14 de novembro, declarou a chefe da comissão eleitoral, Davidetta Browne, após o anúncio dos resultados finais.
Boakai ficou atrás de Weah na primeira volta das eleições de 2017, tendo perdido a segunda volta por uma larga margem. O candidato disputou esta eleição sob o lema “Resgate”, acusando Weah – uma antiga estrela internacional de futebol de 57 anos – de ter conduzido a Libéria para um declínio durante o seu primeiro mandato.
O Presidente rejeitou as alegações do Sr. Boakai, afirmando que fez progressos significativos, incluindo a introdução de propinas gratuitas para os estudantes universitários.
Numa conferência de imprensa realizada na semana passada, Boakai exortou os outros candidatos da oposição a juntarem-se à “equipa de salvamento para uma vitória retumbante”.
“Estamos a pedir aos nossos irmãos e irmãs da oposição e aos liberianos em geral que se juntem a nós nesta nobre missão de fazer com que o nosso país volte a respirar livremente”.
Boakai foi vice-presidente no governo de Ellen Johnson Sirleaf, que se tornou presidente após o fim de uma guerra civil brutal, há cerca de 20 anos. Prometeu que, se fosse eleito presidente, formaria um “governo de inclusão que reflectisse verdadeiramente a diversidade política, social e religiosa dos cidadãos”.
Nenhum dos outros 18 candidatos obteve mais de 3% dos votos.