A economia da Nigéria parece estar a ganhar novo fôlego, com os mais recentes dados a indicarem um crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, o ritmo mais acelerado dos últimos três anos. Este desempenho positivo surge na sequência das reformas económicas implementadas pela administração de Bola Tinubu, sugerindo que as políticas do governo poderão estar a dar frutos.
Em comparação com anos anteriores, o crescimento de 2024 igualou o melhor desempenho económico do último mandato do presidente anterior, mesmo após o receio de que as reformas implementadas de forma rápida pudessem abalar a economia. Em 2021, o país também registou uma recuperação notável, saindo da crise provocada pela pandemia da COVID-19, mas os anos seguintes foram marcados por desafios inflacionários e instabilidade cambial.
A decisão de acabar com o subsídio à gasolina e de remover a paridade fixa da naira, em junho de 2023, foi um ponto de viragem. Embora inicialmente tenha gerado aumentos expressivos nos preços de bens essenciais, a estabilização recente dos preços da gasolina e da taxa de câmbio da naira trouxe um alívio à inflação e impulsionou a confiança dos investidores.
No entanto, apesar destes avanços, a economia nigeriana continua sob escrutínio. Especialistas alertam para a necessidade de uma melhor coordenação entre o banco central e as agências governamentais para aumentar as exportações e reforçar a sustentabilidade das reformas. Além disso, o desafio de reduzir os preços ao consumidor e aumentar a produção de petróleo bruto para níveis anteriores a 2015 permanece.
Com uma meta ambiciosa de transformar a Nigéria numa economia de um trilião de dólares até 2033, o governo de Tinubu terá de continuar a equilibrar crescimento económico com estabilidade de preços, de forma a garantir que os benefícios económicos cheguem efetivamente à população.