Estando de acordo com uma aproximação aos EUA, não podemos deixar de lembrar que a China é um novo império em renascimento com uma susceptibilidade histórica muito acentuada. Nessa medida, o Executivo não se deve esquecer da China ou fazê-la sentir humilhada. Isto, por um lado, pelo outro, há que aproveitar o ensejo para confrontar a China com a questão da dívida “odiosa”. Não tem sentido o povo angolano estar a ser sufocado por uma dívida que com a cumplicidade das autoridades chinesas de então (Sam Pa e Madame Lo) acabou por ser roubada por privados (angolanos e chineses). Há, portanto, aqui um equilíbrio a ser alcançado na relação com a China.

Por um lado, há que não acentuar hostilidades num mundo em mutação, do qual não se antevê perfeitamente o caminho. Mas, por outro lado, há que resolver (sem pagar ou pagando com desconto e com prazo muito alargado) a questão do pagamento da dívida que afecta de sobremaneira o estado das finanças públicas angolanas.

Não é uma tarefa fácil, exige um executivo hábil, atento e flexível para as circunstâncias concretas.