Daniel Chapo tomou posse como Presidente de Moçambique, num momento em que os líderes da oposição ameaçam com uma “greve nacional”, na sequência de meses de protestos contra as eleições disputadas no ano passado. A sua primeira tarefa será acabar com a agitação civil generalizada que já causou a morte de pelo menos 300 pessoas após confrontos com a polícia.
O principal líder da oposição, Venâncio Mondlane, que regressou a Moçambique na semana passada após um exílio autoimposto, apelou à realização de manifestações regulares para paralisar o governo.
A vitória de Chapo numa votação que, segundo os observadores internacionais, foi marcada por irregularidades, também levanta questões sobre a sua legitimidade. Dois dos principais partidos da oposição boicotaram a tomada de posse de quarta-feira por não o reconhecerem como o legítimo vencedor.
Vários analistas afirmam que Moçambique corre um risco crescente de incumprimento da sua dívida se as tensões políticas persistirem (https://oindependentedeangola.org/mocambique-em-risco-de-entrar-em-default/).