A fome em Angola tornou-se um tema de arremesso político.

A questão já não é se há fome ou não em Angola. Obviamente, que há, mas não por falta de alimentos, mas por falta de organização, gestão e distribuição. Contudo, o problema deixou de ser um problema social ou de sofrimento individual, mas político.

Como se está a tornar habitual neste século XXI e já aconteceu com propaganda nazi e comunista, repete-se uma narrativa com tanta intensidade e frequência, que mesmo que não seja exactamente assim, se torna a realidade.

A narrativa da fome tomou conta de Angola. Repete-se até à exaustão e quem procurar números ou factos objectivos e não os encontrar, é objecto de escárnio.

E depois há toda a máquina de ONGs que vive da desgraça alheia e lhe convém acentuar a fome em Angola para receber doações, cuja maioria serve para alimentar o seu funcionalismo e não para combater qualquer fome.

Mas, não adianta produzir lamentos. A realidade é esta e não outra.

Assim, compete ao poder político agir e ser visto a agir. Nesse sentido, deve-se seguir o exemplo americano, e criar um “Czar contra a fome”. Um indivíduo de alta capacidade encarregue de coordenar e de dar visibilidade a todas as iniciativas do governo contra a fome.

O “Czar contra a fome” será uma pessoa encarregada de liderar esforços nacionais para combater a fome. Será o responsável por desenvolver e implementar políticas e programas que visam erradicar a fome e garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos.

Trabalhará em conjunto com organizações internacionais, ONGs e outras partes interessadas para criar estratégias eficazes de combate à fome, melhorar a infraestrutura agrícola, promover práticas agrícolas sustentáveis e garantir a distribuição equitativa de alimentos.

É esta a resposta política e social à fome que se politizou em Angola.