O contrabando ilícito de coltan da República Democrática do Congo (RDC) para a indústria de tecnologia, é um dos principais catalisadores do conflito existente. A RDC é a maior produtora mundial de coltan, do qual o tântalo, um minério metálico crucial para veículos elétricos, telecomunicações e aeroespacial, é extraído.
A região do leste da RDC, onde o coltan é extraído, está envolvida num conflito de décadas entre grupos rebeldes e o exército congolês. A milícia M23, apoiada pelo Ruanda, controla vastas áreas da região e assumiu o controle da produção e do contrabando de coltan.
Esta milícia impõe impostos e taxas ilegais aos mineradores e comerciantes de coltan, gerando receitas mensais significativas, que são usadas para financiar as suas compras de armas e suprimentos. Este comércio ilícito e a receita de minerais de conflito foram identificados como sustentadores da exploração de populações civis o que acaba por minar os esforços de paz na região.
Os EUA consideram o tântalo um mineral crítico e já expressaram preocupações sobre o seu comércio, particularmente a sua potencial conexão com o financiamento de grupos armados na RDC. Apesar dos esforços de iniciativas como a ‘Responsible Minerals Initiative’ e a ‘International Tin Supply Chain Initiative’ para estabelecer cadeias de suprimentos minerais responsáveis, o contrabando e o comércio de minerais persistem, e esta situação tem gerado preocupações sobre abusos de direitos humanos, violações de direitos trabalhistas, corrupção e financiamento de conflitos.
Em conclusão, apesar dos esforços internacionais para abordar o designado comércio de minerais de conflito e promover um fornecimento responsável, os desafios persistem, especialmente dada a crescente procura global por minerais como o tântalo.