O “Dragão Vermelho” continua a ser por larga margem o principal importador do petróleo angolano. Os dados do 3º trimestre deste ano, apresenta a China à frente por larga margem, ao ter importado 62,81 % do petróleo, ficando a Espanha em segundo lugar, com apenas 9,12 %. Seguiu-se a França e os Países Baixos com 5,42 % e 4,87 % respetivamente.
Segundo dados facultados pelo The Macao News, Angola exportou 96,37 milhões de barris de petróleo bruto, tendo provido um total de receitas de 8,26 milhões de dólares.
O aumento destas receitas petrolíferas deve-se ao facto de o preço do petróleo ter aumentado consideravelmente desde o início deste último trimestre; uma subida de 22 de dólares por barril – de 76 USD até atingir os 96 USD.
Contudo, a produção petrolífera baixou 5,8 % nos primeiros oito meses deste ano. Esta situação acontece em grande medida por terem decorrido trabalhos de manutenção, que fizeram com que a produção acabasse por diminuir.
Acredita-se que para o próximo ano a produção volte a crescer, à medida que os investidores estrangeiros voltem a adquirir confiança no mercado angolano. Um bom sinal disso veio da empresa Azule Energy. Recentemente a empresa anunciou um novo projeto que prevê o aumento da produção em 30.000 barris/dia até 2026. As petrolíferas britânica BP e a italiana Eni criaram em 2022 a Azule Energy, uma companhia internacional de energia independente em Angola, um investimento que correspondeu a mais de 10 mil milhões de dólares para produzir petróleo e gás.
Além disso, não nos esqueçamos que o Estado angolano lançou uma nova ronda de licitações para licenças de operação no final do mês passado para blocos nas bacias do Baixo Congo e do Kwanza Offshore, visando minorar o decréscimo na produção, através da expansão, exploração e da descoberta de novos recursos.