No âmbito do projeto ‘Diversifica Mais (D+)’, que tem como finalidade acelerar o processo de diversificação económica durante seis anos, com principal ênfase no Corredor do Lobito, foi anunciado que o Banco Mundial (BM) emprestou 300 milhões de dólares a Angola. Este projeto que começa agora e que se estenderá até 2030, visa uma diversificação económica sustentável e geograficamente equilibrada do país, tendo como principal ator o setor privado. Além disso, busca melhorar o ambiente regulatório e institucional para o comércio, registo e crescimento de empresas e os serviços financeiros, especialmente para empresas detidas ou geridas por mulheres.
O portador dessa notícia foi o secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, que aproveitou para realçar que, com a implementação deste programa, o Estado pretende impactar diretamente 12 mil empresas privadas, três infraestruturas produtivas adjudicadas e 250 empréstimos facilitados pelos projetos, dos quais 66 deverão ser referentes a micro, pequenas e médias empresas controladas por mulheres.
Desde que João Lourenço assumiu a presidência de Angola, o BM tem vindo a desempenhar um papel relevante em várias matérias económicas, como por exemplo, na Operação de Política de Desenvolvimento: em março de 2021, o Conselho de Administração do BM aprovou uma Operação de Política de Desenvolvimento de 700 milhões de dólares para apoiar os esforços do governo de Angola para impulsionar a inclusão financeira e social e fortalecer o ambiente macrofinanceiro e institucional do país para um maior crescimento liderado pelo setor privado.
A diversificação económica tem sido um dos principais desideratos do governo angolano (até agora sem grandes êxitos) contudo, têm surgido vários obstáculos e desafios, tais como a eterna dependência do petróleo, as alterações climáticas, a baixa taxa de investimento, o sector informal e os baixos níveis de literacia e inclusão financeira.