As novas divisões administrativas e políticas em Angola vão ter implicações financeiras bem custosas para Angola.  Aprovadas este ano, incorrerão em despesas estimadas em mais de 530,215 biliões de kwanzas (kz), enquanto as suas receitas estão projetadas em apenas 14,093 biliões de kz, ou seja, apenas 2,65% das despesas.

Estes números, derivados da proposta do Orçamento Geral do Estado para 2025, devem ser direcionados principalmente para despesas correntes, pessoal, bens e serviços, investimentos e aquisição de bens de capital fixo.

Das quatro províncias recém-criadas, Icolo e Bengo destaca-se como a maior beneficiária, recebendo 0,79% do total do Orçamento Geral do Estado, que está definido em 34,633 triliões de kz. A alocação orçamentária proposta indica que a nova província que faz fronteira com a capital receberá mais de 274,718 biliões de kz, 54% a mais do que a segunda maior, a província de Cubango, que deve receber mais de 124,014 biliões de kz.

Além disso, as províncias de Moxico Leste e Cuando têm alocações orçamentárias de 74,590 biliões de kz e 56,892 biliões de kz, respectivamente.  A estimativa do governo dentro da proposta do Orçamento Geral do Estado sugere que as quatro províncias devem gerar aproximadamente 14 biliões de kz em receita por meio de fontes como receitas fiscais, multas e juros, receitas de serviços e receitas de serviços locais.

Esta projeção de gastos, só prova a necessidade de um planeamento e gestão financeira robusto para dar suporte ao desenvolvimento e ao funcionamento das entidades administrativas recém-criadas.