A viagem do Presidente da República ao Namibe é um passo positivo, chamou a atenção para o turismo na zona. O Presidente cumpriu, e bem, o seu papel.
Agora será o tempo da prática, e a prática deve começar por um teste muito simples: criar-se um grupo-teste de turistas que, sem conhecimento das autoridades, tente ir fazer turismo no Namibe e no parque inaugurado por João Lourenço.
Poderia ser um grupo de portugueses a partir de Lisboa. Seria monitorada a sua viagem de Lisboa-Namibe, os transportes, as facilidades e dificuldades encontradas, designadamente na ligação Luanda-Moçâmedes, os alojamentos no Namibe, as refeições, as formas de deslocação, os guias locais, os custos, a segurança, o apoio na doença.
Fazendo o grupo-teste a viagem, seria realizado um relatório do acontecimento, onde se veria o que correu bem e o que correu mal. As vantagens e as falhas. E a partir daí construir-se-ia um verdadeiro pólo de turismo no Namibe com as lições da viagem desse grupo.
Se tal não for feito, continuaremos na senda dos discursos sem consequências práticas, e já ninguém acredita nisso.