Não queremos que Angola seja Cuba, que ainda vive com os carros americanos dos anos 1950s. No entanto, entre a realidade cubana e o desperdício angolano vai uma longa distância e é nessa amplitude que devem ser tomadas medidas.
Mais uma notícia absurda surge: “ A vice-Presidente de Angola autorizou a compra por 1,8 mil milhões de kwanzas (2,2 milhões de euros) de 20 viaturas para apoiar colaboradores do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento de Trânsito (CNVOT).”
Isto não é uma necessidade, é um vício, como a cocaína ou a heroína. Este vício tem de acabar. O que Angola gasta em importação de automóveis (1300 milhões de USD) é quase o mesmo que gasta em importação de alimentos (1900 milhões de USD).
É uma desgraça económica, uma diarreia de divisas para comprar automóveis (e combustível, onde Angola ainda gasta mais do que na alimentação em importações).
Em definitivo, esta brincadeira da importação de automóveis tem de acabar, e tem de acabar pelo Estado.
O exemplo tem de vir de cima e podia começar pela senhora Vice-Presidente a cancelar esta aquisição perdulária de automóveis, e a seguir a ela, todos os outros deviam parar as importações de automóveis.
Isto está a afundar a economia angolana, os números provam-no.