A irracionalidade nos dirigentes continua a ser uma das suas principais características. Esforçam-se por dar tiros no pé e dificultar ainda mais a vida ao Presidente da República. É obra!

No Uíge, sem se perceber porquê, o governador Rocha, rochou. Acordou um dia e resolveu proibir o transporte dos camponeses para as suas lavras. Obviamente, um movimento espontâneo e verídico de repúdio estalou, e como sempre alastrou como fogo em palha seca nas redes sociais. O governador ficou em silêncio, não explicou, não fez nada, mandou a polícia dar pancada. Perdeu as futuras eleições para o MPLA e está contente.

No CIPRA, uma iniciativa bem-vinda, a ministra da Educação, sem educação resolveu dizer que os jovens angolanos que emigram não fazem faltem. Disparate maior é difícil, duma ministra que tem casas em França e certamente familiares jovens no estrangeiro. É uma total falta de senso. Mais um tiro no pé, mais um contributo para a derrota do MPLA em 2027.

Duas propostas de lei têm feito barulho nos últimos tempos. A proposta sobre as eleições gerais e a proposta sobre a internet. O facto de haver discussão brava demonstra o óbvio: há liberdade de expressão em Angola. A estranheza vem da postura do porta-voz do MPLA, Esteves Hilário. Hilário um jurista conceituado, não é daqueles tolos que dizem disparates bajuladores. No entanto, não aparece uma única vez a defender as leis, a explicá-las ou a sugerir onde podem ser melhoradas.

Face a isto, que pensar sobre o empenho e conexão com a realidade de alguns dirigentes de Angola?