A Brussels Airlines anunciou que vai suspender os voos diretos entre Bruxelas e Luanda a partir de 25 de março de 2025, obrigando os passageiros a enfrentarem escalas na Alemanha, o que deverá causar um grande transtorno para quem viaja entre as duas capitais. A decisão faz parte de uma reestruturação do Grupo Lufthansa, ao qual pertence a Brussels Airlines, e tem como objetivo consolidar as rotas para a África Subsaariana.

Com o fim dos voos diretos, os passageiros que partem de Luanda com destino a Bruxelas terão de fazer, no mínimo, uma escala em Frankfurt, ou até duas, em Munique e Frankfurt. Esta alteração aumentará significativamente a duração da viagem, passando das atuais 8 horas e 45 minutos para 10 horas e 35 minutos ou até 13 horas e 35 minutos, dependendo das escalas. Para os passageiros frequentes desta rota, especialmente os que viajam em negócios, esta mudança representa uma perda de tempo considerável e um maior desconforto durante o trajeto.

De acordo com a companhia aérea, a decisão foi tomada em dezembro de 2024 e visa permitir que a Brussels Airlines opere voos diários para Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, que até então era servida cinco vezes por semana, sendo duas delas com paragem em Luanda. A reorganização também inclui a melhoria das rotas para Nairobi e Acra, que passarão a ter voos diários, e o aumento da frequência para Banjul, Freetown e Conacri. Além disso, Dacar e Abidjan passarão a ter voos diretos, eliminando os voos triangulares.

Ainda que a Lufthansa vá continuar a operar três voos semanais diretos entre Frankfurt e Luanda, a ausência de uma ligação direta com Bruxelas poderá resultar em maior desconforto para os passageiros, tanto em termos de tempo de viagem como de conveniência. A medida reflete uma estratégia de otimização de rotas, mas o impacto negativo nos passageiros habituais de Luanda será inevitável.