A economia angolana enfrenta uma situação preocupante, marcada por uma crescente dependência de endividamento que, segundo Adalberto Costa Júnior (ACJ), o líder da UNITA, compromete a estabilidade económica do país.

Em declarações recentes, o político destacou que a governação de Angola tem sido sustentada “sempre através da aquisição de novas dívidas”, com contratos semanais ou quinzenais que ampliam o já elevado nível de endividamento público.

Entre 2002 e 2022, Angola arrecadou impressionantes 544 mil milhões de dólares em receitas fiscais, principalmente provenientes do sector petrolífero. Contudo, em vez de acumular recursos significativos num fundo soberano para garantir a segurança económica das gerações atuais e futuras, o país apresenta hoje uma economia dependente e fragilizada. Segundo ACJ, esta dependência reflete a inexistência de instituições fortes e uma gestão deficiente dos recursos.

O líder da UNITA criticou o Orçamento Geral do Estado para 2025, classificando-o como “artificial” devido ao crescimento projetado de 10 biliões de kwanzas, o que, segundo ele, mascara a dependência da dívida pública, atualmente em 72% do serviço público. Esta situação, argumenta, é insustentável e exige reformas profundas e imediatas.

Costa Júnior propõe uma mudança estrutural que passe pela diversificação económica, reduzindo a dependência do petróleo e promovendo uma gestão transparente e responsável. Angola tem potencial para se transformar, sustenta ACJ, tendo apelado às forças patrióticas para se unirem num esforço coletivo por um futuro mais sustentável.

Com as eleições de 2027 no horizonte, a UNITA coloca-se como uma alternativa, defendendo uma abordagem que privilegie o bem-estar do povo e a construção de uma economia mais resiliente. O desafio é urgente e requer vontade política, coragem e união para garantir um futuro próspero para Angola.