As perspetivas para a produção de petróleo em Angola não são boas. De acordo com a consultora Oxford Economics, a produção de petróleo do país deve estagnar em 1,173 milhões de barris por dia (bpd) este ano, após ter havido um aumento de 3,6% para 1,170 milhões de bpd em 2024.

Os analistas verificaram que a produção de petróleo recuperou ligeiramente em novembro, tendo atingindo a meta do governo. A recuperação verificada a partir de 2022 “apoiou um crescimento económico mais forte em 2024”, já que o sector petrolífero é responsável por 25% do PIB e quase 90% do comércio. No entanto, a estagnação esperada para este ano deve levar a um crescimento económico de apenas 2,7%, menor do que a estimativa de 3,7% para 2024.

Alguns comentadores identificam vários riscos importantes para esta previsão, incluindo potenciais atrasos nos projetos nacionais de petróleo, redução da demanda por petróleo angolano devido ao aumento das vendas de veículos elétricos na China e uma desaceleração no sector de construção. Além disso, a economia do país, tem vindo a crescer há 14 trimestres consecutivos, em grande parte impulsionada pela recuperação do sector do petróleo após um declínio significativo na produção em 2023.

O petróleo continua a ser o contribuinte mais significativo para o PIB de Angola, respondendo por quase um terço (29,3%) da produção económica do país. No entanto, o declínio natural na produção resultou numa perda de mais de 700.000 bpd nos últimos seis anos. Esse declínio só foi interrompido em 2022, ano em que a economia angolana experimentou o seu maior crescimento desde 2014.