Ao contrário do que o Governo nos vai dizendo, o programa das privatizações não está a seguir o trajeto que se esperava inicialmente.  O programa de privatizações de Angola, conhecido como Programa de Privatizações (PROPRIV), que foi lançado há cinco anos, inicialmente tinha-se proposto a privatizar 195 empresas e ativos estatais, com uma meta de privatizar 26 deles em 2024.

No entanto, até ao final de outubro, apenas 7 entidades haviam iniciado o processo de privatização, das quais três eram pequenas unidades industriais localizadas em Cabinda. Isso significa que apenas 55% das privatizações planeadas foram concluídas.

 O ritmo lento do programa de privatizações nos últimos anos, com apenas 18 processos concluídos nos últimos dois anos e 7 em 2024, levantou preocupações sobre a eficácia do programa na revitalização da economia angolana. A falta de progresso pode ser atribuída à falta de interesse dos investidores, bem como à remoção de algumas grandes empresas estatais como Endiama, Sonangol e TAAG da lista de privatizações.

Enquanto isso, empresas como Unitel e Banco Fomento Angola (BFA) permanecem na lista, embora datas específicas para a sua privatização não tenham sido definidas.

O Secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, tinha definido em fevereiro a meta do governo de concluir a privatização de 26 empresas e ativos estatais em 2024. No entanto, até ao final de outubro, apenas 7 processos haviam sido concluídos, indicando uma lacuna significativa entre a meta e o progresso real.