A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) está a decorrer de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão, chamando a atenção do mundo para questões urgentes relacionadas com o financiamento do clima.

Com triliões necessários para apoiar as nações mais pobres na adaptação e mitigação das alterações climáticas, os riscos não podiam ser maiores. Bill Hare, Diretor Executivo da Climate Analytics, sublinha que “o destino do planeta depende muito do que conseguirmos fazer nos próximos cinco ou dez anos neste espaço (COP29) e a nível nacional. Por isso, o que está em jogo não podia ser mais importante. Do ponto de vista dos danos económicos, os custos de investimento de triliões são compensados – para seguir rumo a um caminho limpo – pelos múltiplos triliões que custará em danos se não o fizermos”.

Um grande desafio é encontrar financiamento para os países mais pobres, uma vez que os actuais 100 mil milhões de dólares de apoio anual são insuficientes. Muitos especialistas defendem agora a necessidade de pelo menos um trilião de dólares por ano. No entanto, a instabilidade política em países doadores como os EUA e a Alemanha complica os compromissos a longo prazo, levantando dúvidas sobre as promessas de financiamento e o progresso na COP29.

Com menos líderes de alto nível presentes e a ausência de grandes emissores de carbono como os EUA e a China, o caminho a seguir permanece incerto. No entanto, os números são claros: sem compromissos financeiros substanciais, enfrentar a crise climática global só irá encarecer nos próximos anos.