As exportações de gás de Angola sofreram uma queda significativa de 38% para 969,5 milhões USD no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta diminuição é atribuída ao declínio na produção de petróleo, que está diretamente ligada à produção de gás, e à redução dos preços nos mercados internacionais.
O gás é o segundo principal produto de exportação do país, representando 5% do total das vendas ao exterior, com o petróleo a ser responsável por 88% das exportações no primeiro semestre. A produção de petróleo, que contribuiu com 31,8% do PIB nos primeiros seis meses do ano, aumentou 4,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, apesar do declínio geral nos últimos anos.
O declínio na produção de gás natural em Angola está relacionado ao declínio natural dos poços, estimado entre 5% e 10% ao ano. Isto está diretamente ligado à produção de petróleo, e enquanto a produção de petróleo continuar a cair, a produção de gás natural também diminuirá. A diversificação do fornecimento de gás associado à fábrica Angola LNG é fundamental devido ao declínio da produção de petróleo nos blocos offshore.
A produção total de gás associado de Angola é de cerca de 2,680 milhões de pés cúbicos por dia, sendo a maior parte utilizada nas operações e o restante transportado para a fábrica Angola LNG. Além disso, a existência de dois centros de aproveitamento de gás nas províncias de Cabinda e Zaire é essencial para o sector.
Refira-se também que os dados divulgados pelo Ministério das Finanças sobre a subsidiação aos combustíveis em 2023, revelaram um aumento significativo no consumo de gás das famílias angolanas, com um aumento de 17% nos gastos com subsídios em comparação com o ano anterior.