A seleção nigeriana de futebol recusou-se a jogar contra a Líbia após uma experiência angustiante num aeroporto líbio, onde ficaram presos, sem água, comida ou acomodações.

As duas equipas estavam programadas para jogar nas eliminatórias da Copa das Nações Africanas, sendo que a Nigéria venceu a primeira partida por 1-0. No entanto, após uma reclamação sobre o tratamento na Nigéria, as autoridades líbias desviaram o avião fretado da equipa para o aeroporto de Al-Abraq em vez de Benghazi.

Os jogadores nigerianos, incluindo aqueles de clubes europeus, ficaram presos por várias horas, levando a fortes reações nas redes sociais.

Reações de alguns membros da equipa: Wilfred Ndidi, médio do Leicester, descreveu a situação como a equipa a ser mantida “refém”, expressando o seu constrangimento e chamando isso de uma vergonha nacional.

 O capitão da equipa, William Troost-Ekong, relatou a provação nas redes sociais, afirmando que o governo líbio cancelou sua autorização de pouso sem motivo aparente, deixando-os sem recursos e sugerindo manipulação psicológica. Ele também mencionou as tentativas malsucedidas do piloto de encontrar acomodação para a tripulação e a discriminação que eles enfrentaram ao procurar hospedagem perto do aeroporto.

A frustração e a angústia da equipa foram ecoadas por Victor Boniface, do Bayer Leverkusen, que destacou a sua espera de quase 13 horas no aeroporto sem necessidades básicas.

Este incidente provocou fortes reações dos membros da equipa, que partilharam a sua angústia nas redes sociais e pediram a intervenção do governo e do órgão dirigente do futebol.

Os jogadores destacaram a natureza sem precedentes e orquestrada dos eventos, enfatizando a sua decisão de não participar da partida programada.